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Mostrando postagens de abril, 2013

O gari rebelde

Dias atrás, caminhando por um centro comercial perto de casa, e, bem no meio da multidão de pessoas apressadas para chegar aos seus trabalhos, alguns falando no celular e outros até comendo em pé o café da manhã andando, eu parei e fiquei ali parado observando aquele cotidiano que se apresentava. Fui entrando em uma espécie de transe hipnótico e entre uma batida e outra do meu coração, todos os sons sumiram e as pessoas a minha volta ficaram imóveis como estátuas de concreto. As cores se foram e tudo permaneceu em tons de cinza... O cheiro acre do medo contido naquelas pessoas centradas em seus próprios problemas exalava forte. Mortos vivos, seres dormentes e autômatos da própria realidade, sem brilho ou cor, uma cena triste. Ao fundo e cada vez mais alto passei a escutar uma canção assobiada por alguém que se aproximava. Não ouvia aquela música desde a minha infância, olhei ao redor para saber de onde vinha aquele som e vi um gari varredor que se destacava dos outros, po