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Mostrando postagens de 2013

O gari rebelde

Dias atrás, caminhando por um centro comercial perto de casa, e, bem no meio da multidão de pessoas apressadas para chegar aos seus trabalhos, alguns falando no celular e outros até comendo em pé o café da manhã andando, eu parei e fiquei ali parado observando aquele cotidiano que se apresentava. Fui entrando em uma espécie de transe hipnótico e entre uma batida e outra do meu coração, todos os sons sumiram e as pessoas a minha volta ficaram imóveis como estátuas de concreto. As cores se foram e tudo permaneceu em tons de cinza... O cheiro acre do medo contido naquelas pessoas centradas em seus próprios problemas exalava forte. Mortos vivos, seres dormentes e autômatos da própria realidade, sem brilho ou cor, uma cena triste. Ao fundo e cada vez mais alto passei a escutar uma canção assobiada por alguém que se aproximava. Não ouvia aquela música desde a minha infância, olhei ao redor para saber de onde vinha aquele som e vi um gari varredor que se destacava dos outros, po

Repetições

Se você observar a vida que está tendo hoje, perceberá que é uma repetição do seu passado. Em algum momento lá traz, você criou o teu momento atual. Dor, prazer, amor, perdas, relacionamentos, sucesso, fracasso, tudo você criou, tudo, mas tudo mesmo. É hora de deixar de lado a espera de um milagre, mudar suas atitudes e assumir a responsabilidade dos seus pensamentos. Não é possível mudar o passado, mas é possível mudar a forma com que você se conduz pela vida. Se você mudar um milímetro só em direção ao seu interior, todo seu presente se transformará. No mito de Narciso, nos foi dito que ele se apaixonou pela própria imagem refletida no lago e se afogou quando se arremessou lago adentro. Na verdade o que nos está sendo dito é que ele se apaixonou pelo mundo externo, o mundo da dependência, da ilusão, esquecendo-se de quem ele era. Isso também significa que somos treinados para viver na culpa e medo, ficando cada vez mais dependente do exterior, afastados do nosso amo

Desistindo

Está tudo dando errado, e, nada vai bem, essas dores no corpo me assolam, minha cabeça doe de tanta preocupação, meus olhos ardem como fogo em mais esta madrugada acordado sem saber para onde ir, sinto-me perdido e sozinho com meus pensamentos e tenho vontade de desistir de tudo, pois não vejo saída... Sinto-me vítima de minhas escolhas erradas feitas no passado e que agora estouram bem na minha cara todos os dias e cada hora que passa, culpo-me mais por não ter sabido escolher diferente, mas também sinto dentro de meu peito um coração que pulsa me dizendo para ser menos agressivo comigo mesmo. De onde vem esse estranho amor que sinto por mim? E essa força que se aflora me trazendo essa dualidade de emoções, que hora me diz para desistir e outra me diz para perdoar-me e buscar novas escolhas? Observação de mim mesmo é o que mais parece sensato neste turbilhão de emoções. Destacando-se amorosamente de mim, começo e reparar que durante muitos e muitos anos representei um pape